Caros amigos macauenses,
Cá estou morando em Goiânia. Saí de Macau em 75, ops, ou seja, faz pouco tempo se compararmos com as eras geológicas (nesta vida tudo é relativo). Sempre retorno ao RN, porém como a maioria dos familiares estão morando em Natal, só vou à Macau no afogadilho. Sinto muitas saudades, e para delimitar uma escala de tempo vou contar uma história que tem como protagonistas euzinho e Chico Paraíba.
Mais ou menos no carnaval de 73, o Chico PB era presidente do bloco jardim e eu o tesoureiro (para minha infelicidade). Na 2ª feira de carnaval, Paraíba comprou uns balões e mandou o vendedor ir receber LÁ NA CASA DE AFONSO SOLINO, quando o pobre vendedor procurou por mim, minha mãe falou que eu não estava (realmente não estava) e perguntou do que se tratava, a vítima ou melhor o vendedor, relatou sobre a venda e minha mãe sabendo que o caixa do bloco já estava mais que zerado, avisou ao incauto sobre as qualidades de PB ( rapaz, Paraíba não paga nem promessa a santo) e encaminhou-o para na casa de VG (velho Gustavo), avô do Chico. Seu Gustavo foi logo dizendo que não era responsável pelos atos de Chico e falou para ir receber do "minino de Afonso Solino". Lá voltou o rapaz (isso o carnaval já estava pegando fogo, com a rivalidade entre o blocos jardim, sombras e equipicão) o jardim já havia se apresentado e soltado os balões. A essa altura, eu já estava sabendo do ocorrido e fui procurar Chico e ver como iámos resolver a situação (ou seja pagar o rapaz), Chico muito matreiro, disse que isso é um problema para o tesoureiro resolver. Então ponderei, "mas Chico não temos o dinheiro", e ele retrucou "e você quer que eu faça o que?" Depois de muito vai-e-vem VG pagou e disse que a gente (ai envolveu todo mundo) era um bando de cabra safado e ordinários.
Essa foi uma das inúmeras frias que o Chico me colocou.
Bjos