quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
DEU UM APERTO DE SAUDADE NO MEU TAMBORIM...
... Que esse carnaval, de tantas ausências, alegremente seja em homenagem a um grande folião macauense, que saiu da passarela na semana passada: Expedito, o gaguinho.
Entristecida, Djane, a Imperatriz da Praça, lamentando muito, me informa que o velho nauta já havia comprado as costumeiras sombrinhas que compunham a sua predileta fantasia. Não deu.
E agora, Chiquinho Gama? Quem nos contará as histórias d’além marcarregadas de vivida malandragem? Quem?
Em sua simplicidade, o Gago era um dos homens mais refinados da boemia macauense.
Benito liga e me relembra uma de suas pitorescas histórias. Quando era rapazola, entre as mais variadas profissões que exerceu o Gago também foi atendente de um certo médico que passou pela cidade. O doutor era chegado a um carteado. Quando não havia cliente, corria para jogar uma partidinha e deixava Expedito tomando conta do consultório.
Certa vez, no meio de uma partida, chega o Gaguinho esbaforido chamando pelo médico:
- “Doootô, che che chegooooooou um homem fu fu fu fu...”.
– “Fudido, gago?”, interrompeu o médico, impaciente.
- “ Qué qué que isso, fuuraado dotô!!!”
Vamos sentir sua falta Expedito.
NINGUÉM SABIA. ESTE ERA O ÚLTIMO CARNAVAL DO MARINHEIRO GAGO.