segunda-feira, 30 de março de 2009

AINDA CARNAVAL DE MACAU

Cara Gio, concordo com a grande maioria do nosso povo, que o carnaval deMacau foi de péssima qualidade, porém não vou culpar Paraíba, pois o mesmo não tem autonomia alguma para passar a frente do prefeito que, por sinal , faz as "cagadas" dele e não assume. Porém também discordo quando voce diz que Chico é um mal político ou que não tem competência para assumir outro cargo público, pois acho Paraíba muito mais competente e sábio do que os restantes dos secretários que se encontra hoje fazendo a tropa de choque do tal prefeito, pois do que deixou o "cheque" solto (dando bobeira, como se diz) até mesmo os doutores que deixam a nossa saúde apenas com as acomodações bonitas, porém sem profissionais para atenderem o nosso povo. Quanto a idéia do Robson, seria ótimo se as agremiações do passado retornassem a origem com muito frevo.
Sds.Wellington Pereira

.
(Gio): Oi, Wellington. Estou escrevendo apenas para esclarecer que EU DISSE que acredito que Chico é uma PESSOA DO BEM e para deixar bem claro que NÃO DISSE que Chico era incompetente. Disse QUE NÃO CONCORDO com sua condução na cultura do município porque não vejo que esteja implementando UMA POLÍTICA DE CULTURA, mas ações pontuais que se diluem e não deixam nada consistente. Disse ainda que o critico porque o acho conivente com esse estado de coisas que ocorrem em Macau e que não acredito nele como político.
Disse, mas ressalvo que esta é apenas a minha opinião e não quer dizer que seja a verdade. Cada um ver o que pode e como pode. Esse é o grande ganho de se viver numa democracia. Abs.

sábado, 21 de março de 2009

"CARNAVAL DE OUTRORA"


Quero aproveitar mais um vez este blog para lançar mais uma idéia aos nossos amigos que querem resgatar a cultura de nossa cidade, trata-se do "CARNAVAL DE OUTRORA", evento este que seria inserido no calendário da festa do sal. A idéia será resgatar os antigos blocos de carrocinha: Jardim, Equipição, Bruxos, Balancê e outros que no momento me foge a memória. O objetivo do evento seria sairmos nas ruas de Macau de preferência no sabado, cada bloco com sua alegoria, fantasia, músicos e outros adereços, terminando com um grande encontro ou reencontro na praça da Conceição. Espero que mais esta nova idéia não se perca no espaço como a que eu lancei a um ano atraz que foi o 'CENTRO MACAUENSE". Quem estiver afim de abraçar esta idéia, pode entrar em contato comigo pelo telefone 9609.9235 ou pelo email robson_ciríaco@yahoo.com.br, para maiores esclarecimentos. Ah, também quero dizer a todos que brincaram, brincam e ainda vão brincar no jardim que estamos programando a festa "JARDIM 40 ANOS", aguarde informações.
Chega de só criticar, vamos fazer a nossa parte.
Um abraço!
Robson Ciríaco.
(Gio): No Jardim, só se for sem axé e com camisa social branca. Quanto às críticas, elas continuarão existindo sempre. Que os políticos façam as coisas direitinho...

"CRITICAR É LEGÍTIMO, MAIS COM RESPONSABILIDADE"


Oi Gió,

Também acho que criticar é legítimo, mais com responsabilidade e sempre preservando a vida pessoal de quem quer que seja. Gió nâo devemos deixar que este blog perca a sua essência publicando críticas de cunho pessoal, principalmente de pessoas que se escondem por traz do anonimato com a alcunha de "o mestre". Criticar com responsabilidade é como fez o nosso amigo Gabriel Araújo Nunes, o qual quero parabeniza-lo. O carnaval de Macau este ano ficou muito a desejar, mais temos que ver que ele é realizado com três secretarias municipais, que são: Fundação de Cultura, Secretaria de Turismo e Secretaria de Eventos, todas sem nenhum respaldo para tomar qualquer decisão sem o aval do prefeito.É por isso que sempre digo: Criticar é fácil, mostrar soluções é dificil.

Um abraço!
Robson Ciríaco.
.
(Gio): Oi, Querido. Pensei que tinha encalombado de vez e nunca mais iria escrever.
Não vou contra-argumentar, mas apenas observar algumas questões. Primeiro, eu reconheço que me exponho sempre (e muito) porque falo o que penso e sei que, algumas vezes, as palavras ditas incomodam mais do que a dissimulação.
Olha, Robinho! Para mim, a política é a arte da conversação dirigida para a ação com o objetivo de melhorar as condições de vida de uma sociedade, por isso, sinceramente, não reconheço em Chico um bom político. Não tenho dúvidas que ele é querido, é uma boa pessoa, mas como político, do meu ponto de vista, deixa muito a desejar.
A partir de sua informação, concluo que o que ocorreu no carnaval foi uma questão de assumir a responsabilidade pelo bolo que tem sido mal repartido. Se ele está tendo dificuldades de gerir a parte que lhe toca, então porque não denuncia?
Outra coisa: o Gabriel também é pseudônimo (e tem até sobenome falso). A questão é que as pessoas que moram em Macau parece que se sentem meio coagidas e preferem manter-se escondidas. Eu as respeito, sei quem são, mas preservo eticamente a identidade de quem quiser escrever com pseudônimo, desde que fale e escreva mantendo o respeito. Outro aspecto, respeito não pode significar calar ou não criticar o que se acha errado. Portanto, acho que tem muita gente descontente morando em Macau.
Por último, não acho que o Blog está "publicando críticas de cunho pessoal", ao contrário, tenho maior cuidado (seleciono, discuto com os autores, faço cortes) porque sei das implicações e consequências que eu, pessoalmente, posso sofrer.
Bjs.

SAUDOSA...


FAZIA TEMPO QUE NÃO PASSAVA POR AQUI, BATEU SAUDADES....

IMPOSSÍVEL NÃO CONCORDAR DE CARA COM O "TEXTO" DO AMIGO GABRIEL.

EM GÊNERO, NÚMERO E GRAU, CONCORDO COM AS SUAS COLOCAÇÕES.QUE FAZER? NOSSA "TERRINHA HOJE SE RESUME A ISSO.

A TERRA DO "JÁ TEVE", ESTÁ INDO DE MAL A PIOR.SE HÁ CULPADOS, SÃO OS PRÓPRIOS QUE NELA MORAM. PACIÊNCIA, PACIÊNCIA, PACIÊNCIA...

EM UM TEXTO DE SUN TZU NO LIVRO A ARTE DA GUERRA, EXISTE UMA COLOCAÇÃO BEM OPORTUNA E QUE CABE MUITO BEM DENTRO DA MEDÍOCRIDADE DESSA POBRE TERRA RICA...

...aquele que conhece o inimigo e a si mesmo, lutará cem batalhas sem perigo de derrota; para aquele que não conhece o inimigo, mas conhece a si mesmo, as chances para a vitória ou para a derrota serão iguais;
aquele que não conhece nem o inimigo e nem a si próprio, será derrotado em todas as batalhas..

É O CASO DESSE POVO!!!

ABRAÇO GERUSA

(Gio): Gê. Desculpaí a demora, mas andei afastada uns dias do computador.

segunda-feira, 16 de março de 2009

STAND BY ME - MÚSICO DE RUA

Pense num som "duca..."

sábado, 7 de março de 2009

PIPOCA OU NÃO PIPOCA?

Foram oito anos de luta árdua até que, enfim, a mediocridade venceu: o projeto cultural/carnavalesco “Vai Pipocar o Frevo” não aconteceu em Macau neste ano. Com ele se perde uma parte da esperança de se manter viva a lembrança do verdadeiro carnaval macauense, reduzido atualmente a uma micareta fora de época (realizada na época do Carnaval) de quinta categoria. Restou ao macauense, pelo menos ainda este ano, o “Cordão da Fantasia”, criado em 2008, com o objetivo de reviver os antigos carnavais de blocos.

O Frevo e a Política

O “Vai Pipocar o Frevo” nasceu em 2002, resultado da obstinação do músico Leão Neto em não deixar morrer a tradição carnavalesca macauense. Em seu início, teve cunho totalmente independente, tendo a Prefeitura Municipal entrado apenas com a cessão da Praça da Conceição e o palco para a apresentação de Leão e sua Banda Mestre Avelino. Com a boa repercussão do projeto e críticas ao não patrocínio vindas dos mais diversos setores, o prefeito da época, José Antônio Menezes decidiu incorporar o projeto ao programa carnavalesco do Município, a partir do ano seguinte.
Em 2004 começam os problemas. Ano político, e tendo como um dos seus principais opositores o ex-vereador Chico Paraíba, o “Vai Pipocar o Frevo” é bombardeado com acusações de ser o “Carnaval da Oposição”. Dono do Jardim, um dos dois únicos blocos sobreviventes de um Carnaval que teve mais de vinte agremiações desfilando na década de 80, Paraíba é apontado como um dos mentores da “Micaretização” que tomou conta da folia macauense. Ao lado do Equipicão, presidido por Mário Lopes, cunhado do então prefeito Menezes, o Jardim é patrocinado pelo Poder Municipal, que lhes banca trio elétrico e bandas, sob a condição de que estes “emprestem” tais bandas para tocarem no Corredor da Folia da cidade. Nessas ‘condições’, não havia como os outros blocos sobreviverem.
A contragosto (preferia sua concunhada Odete Lopes, esposa de Mário), Menezes elege seu vice, Flávio Veras. Ao assumir em 2005, Veras cria uma Secretaria de Cultura e a entrega ao produtor cultural João Eudes Gomes. Em março, Macau realiza sua Primeira Conferência de Cultura, marco histórico potiguar, ignorado pelos nobres edis macauenses. Novos tempos? Nem tanto... Veras é cassado por crime eleitoral. Eudes faz questão de assinar ele próprio os contratos com as atrações contratadas pela Cultura, visando evitar possíveis superfaturamentos. É exonerado pelo prefeito em exercício José Severiano, em maio. A Justiça reconduz Flávio ao mandato. A Secretaria de Cultura é transformada numa Fundação. Quem é nomeado para dirigi-la? Chico Paraíba. O “Vai Pipocar o Frevo” parece ter selado aí o seu destino. Resiste bravamente até 2008. Em 2009, sob a alegação de que Leão teria pedido R$ 100 mil para realizar o Projeto, o prefeito Veras decretou a sua inviabilidade.


Pipocar na “fritura”

Na verdade, para 2009, o projeto estava orçado em R$ 42 mil, inclusos aí os músicos da Banda Mestre Avelino e a iluminação. Fora desse valor, ficaria a contratação de um equipamento de som e do palco, a critério da Prefeitura. Em 2008 já havia acontecido assim, tendo, talvez já no processo de fritura do Projeto, sido contratado um som de péssima qualidade. No valor pedido por Leão estavam incluídos ainda dois shows com artistas potiguares, como Crystal, que recentemente lançou CD e fez excursão pelo País, se apresentando em Brasília, entre outras cidades. Cai aí por terra a outra alegação espalhada pela organização do carnaval: Leão é acusado monopolizar um espaço público para apresentar o seu Projeto. Dentro dessa ‘teoria’ cabe um pequeno reavivamento na memória salineira: com a criação do corredor da folia, com seus camarotes elitistas, para apresentações de falsificações cearenses de bandas baianas de axé (prova real de que o cearense tem tendência a ser humorista), a heróica Praça da Conceição estava entregue às moscas nas noites de carnaval. Nenhum outro artista ou autoridade se propusera, até então, a movimentá-la à noite. Leão se arriscou. E deu certo! Trouxe de volta antigos foliões – condenados ao exílio – e deu emprego a vários músicos macauenses – escanteados – pelas novas (e caras) atrações musicais. Resgatou um pouco da nossa história carnavalesca, homenageando ícones do passado, como Zezinho do Bandolim, ‘dona’ Colô, Lila da Imperadores, Inácio dos Índios, além dos Blocos Sabiá e da Vitória. Falando em memória, Leão já integrou e compôs músicas para os dois grandes blocos existentes. “O Mascarado”, feita para o Jardim, foi, durante muito tempo, um segundo hino do bloco. A banda cearense que toca hoje lá sabe disso? Aliás, ela toca o ‘hino oficial’ “Somos todos do Jardim da Infância...” ? Muito difícil. Não é para qualquer um. Isso seria coisa para um guitarrista como Madruga e seu irmão baterista Chico de Hermes, referências jardineiras da década de 80, hoje personas non gratas ao bloco.

Teoria da locupletação

Antigos foliões compartilham a mesma tese: a transformação dos blocos Jardim e Equipicão em empresas financiadas por verbas municipais foi muito conveniente para seus dirigentes. Devido ao fato de serem sempre as mesmas bandas contratadas – algumas mudam o nome, mas os componentes são os mesmos –, se perguntam: Teria alguma coisa a ver com aquelas advertências que constam na Cartilha da AMARRIBO1? Por fim, concluem: se essa onda de revitalização do carnaval antigo pega, tira o folião dos grandes blocos, ressuscita os extintos, volta aquela coisa da identificação, do amor pela agremiação (Fulano do Balancê, Sicrano dos Bruxos), da competição sadia. Poderia ser o fim do atual modelo de carnaval. Então, melhor cortar o mal pela raiz. Falando em competição sadia, pergunto: Alguém ‘ganha’ o carnaval hoje? Antigamente jardineiros quebravam troféus e alegorias quando não eram campeões. Hoje é tudo muito tranqüilo, em ritmo de axé cearense. Mas, talvez, alguns ainda ganhem alguma coisa ...

Triste Finalle ... ou não!

Macau vai, a toque de caixa (!) – não em ritmo de frevo –, perdendo sua identidade cultural. Já não conta mais com o Teatro Municipal, inaugurado em 2003 pelo prefeito José Menezes. Com falhas na construção, seu telhado desabou em 2006, na gestão Flávio Veras, que não se preocupou em impedir que isso acontecesse e muito menos em reconstruí-lo. Cerca de R$ 1 milhão em verbas municipais e federais jogados, literalmente, ao vento. O baile Preto & Branco, organizado pelo Jardim há mais de 30 anos, foi retirado do programa carnavalesco por Veras. O presidente Chico Paraíba, funcionário da Prefeitura, não esboçou a mínima reação para sua manutenção. Tudo bem que há muito tempo não vinha uma atração de vergonha para animá-lo, mas era uma tradição! Mais uma que vai pelo ralo.
Resta ainda, como falamos no início, o Cordão da Fantasia, idealizado pelo advogado Renan Araújo, antigo presidente do extinto “Bruxos”. Conta com o apoio de pessoas ligadas à Prefeitura. Está em seu segundo ano. Esperemos que não desperte a ira dos ‘Micaretizadores’...

Quanto a Leão e a Banda Mestre Avelino, foram contratados pela Fundação Capitania das Artes (Funcarte), através do seu Diretor de Eventos, o também macauense Castelo Casado, para animarem o carnaval de Natal, que busca revitalização, revigorando antigas tradições. Para se ter uma idéia, no percurso da Redinha, foi proibida a passagem de trios elétricos. Os macauenses tocaram na escolha do Rei e da Rainha do Carnaval, na Ribeira. Fizeram a abertura oficial, na Redinha e o encerramento, no Posto 7, em Ponta Negra. E agradaram! Os foliões presentes, entusiasmados, pediram seu retorno em 2010. O Frevo pode até não pipocar em Macau, mas não vai deixar de Pipocar ... Eu? Sexta-feira do Preto & Branco (ironia proposital) embarquei para a Cidade do Sol e fui brincar carnaval.


Gabriel Araújo Nunes


1 AMARRIBO – Associação dos Amigos de Ribeirão Bonito – Entidade do interior paulista que depois de conseguir a cassação do prefeito de sua cidade por improbidade administrativa, divulgou cartilha alertando os brasileiros sobre possíveis formas de administradores desviarem dinheiro público, entre as quais, utilizando-se de contratos superfaturados com bandas musicais.

segunda-feira, 2 de março de 2009