terça-feira, 29 de abril de 2008

ABRIL E A GERAÇÃO TELENOVELA


A bengala de ouro, cingida de diamantes, e as lentes de contato de última geração esperam, sob forte esquema de proteção, o barão do dinheiro. O magnata acorda, espreguiça-se e sinaliza. A tecnologia avançada capta sua vontade e logo vem ao seu inteiro dispor o atento e leal consultor de investimentos futuros. Sem alvoroço o abastado dá os primeiros passos no novo dia. Doutorados e doutorandos lhe trazem café à cama e aclimatam o ar condicionado. Controle remoto à mão, o homem poderoso liga a TV de LCD e toma-se de enfado. Desliga. Cem anos de imigração japonesa no Brasil fundaram a segunda nação do sol nascente. O majestoso neoliberal ri o cínico sorriso herdado dos cafeicultores paulistas e agropecuaristas mineiros da República Velha. Pega o livro de cabeceira, “Evangelho da vida fácil”, abre na página 2008. Está feliz. O tormentoso aprendizado das últimas décadas lhe ensinou que jogo de cintura não faz mal.
Virou quimera o pesadelo da transição para a democracia. Aquele barulhento brasileiro do final do século XX, incisivo, irreverente, na rua, carregando um sapo revolucionário barbudo como amuleto, sumiu. O temor de ver Leonel Brizola presidente - nacionalista contestador da aliança para o progresso imperialista - se foi. Tempos idos, vencidos. Num luxuoso baú, arquivos implacáveis. A foto esmaecida de Juscelino Kubitschek, o ex-chefe da nação que construiu Brasília. Na calma da manhã chuvosa, o barão revê revistas dos últimos sessenta anos. A guerra fria, GetúlioVargas voltando pelo voto direto, o suicídio, a carta-testamento, a ferocidade inconseqüente do governador Carlos Lacerda. O carismático Janio Quadros condecora Che Guevara com a Ordem do Cruzeiro do Sul e, dias depois, renuncia à presidência.
Pressão contra a posse de Jango, o vice. A experiência parlamentarista, o plebiscito e o avassalador sim ao presidencialismo. João Goulart assume, anuncia reformas de base, busca um país menos desigual. O golpe de abril de 1964, o regime militar. Obscurantismo, fim das liberdades democráticas, cassações, perseguições, exílios, seqüestros, prisões, torturas, desaparecimentos, mortes. Vinte anos depois, abertura política. Anistia. Tancredo Neves vence a última eleição presidencial no Colégio Eleitoral e morre antes da empossar. Absorto, pensando no passado ainda presente, o amo desperta com o toque do interfone. A secretária informa a chegada dos jornais matutinos e pergunta se deseja mais alguma coisa
Quatro décadas após a queda de Jango, o Brasil vira país privatizado, paraíso do lucro exorbitante, da indústria automobilística, da Nestlé, das Casas Bahia, dos leilões de poços de petróleo, das sementes transgênicas marcas Bayer e Monsanto. Aumenta o fosso entre os poucos ricões e os milhões de pobretários. O primeiro mundo, satisfeito, sugere manter a coroa na cabeça do ex-metalúrgico com pinta de ator hollywdiano. O modelo vídeo-financeiro de capitalismo trouxe a tecno-ciência do mando. Embriagadas de isenção fiscal (a farra chega a cerca de 65 bilhões e 500 milhões de reais), abrigadas no telenovelismo e amparadas na vanguarda operária padrão, as multinacionais controlam, como nunca, os meios de produção e reprodução da vida. Greves passam a acontecer em ação combinada com os patrões.
Porta-vozes da flexibilização trabalhista e desregulamentação econômica viram celebridades. A idolatria do mercado desfaz no ar o universo humano. Desintegra a realidade e, via-satélite, faltando partes, em formato televisivo, diz devolvê-la integral, gratuitamente, ao telespectador. Até põe à venda imagem maquiada de competência e idoneidade. Para livrar-se da alienação, recuperar a liberdade e adquirir saber profícuo, ao invés de ler, basta emprenhar-se de telenovela. Sabe o leitor, a verdade não é essa, mas aparenta ser. Apesar de não ter bengala, diamante e lente de contato, o neo-romântico se enche de ânimo com coisas simples. O antológico show de MPB 4 e Toquinho, em Natal, é um exemplo. Afinal, em abril de 1916 Florbela Espanca já brindava a emoção com os contos “Amor de sacrifício”, “Alma de mulher” e “A oferta do destino”. Aproveito os sapatos de ferro de Florbela, calço-os e caminho...

Renan Ribeiro de Araújo – Advogado

segunda-feira, 28 de abril de 2008

CHEIRO DA CHUVA


Oi, Sheila.

É interessante essa relação que tantos de nós construimos com a chuva. Eu também trago o cheiro da chuva na memória. Sinto um frenesi quando começa a chover e estou no meio da cidade. Sempre quero chegar perto de algum mato, algum terreno vazio pra tentar sentir um pouquinho daquilo que é animado pelas minhas lembranças.
Às vezes, tenho a sensação de que o que sinto aspirando no ar se aproxima daquele cheiro do passado, mas tenho certeza que é só uma sensação aproximada ou um desejo de que seja o mesmo.
Acho indescritível!!!
Eu morava no centro de Macau e, desde a minha infância, a rua Pereira Carneiro era calçada. Então o que distinguia o que eu sentia era o cheiro de calçada e pedra salgada !!!???
De qualquer maneira, carrego a esperança de que o que trago na memória era cheiro de terra molhada. Cheiro de chuva.

Abs., Giovana

CHUVA



Giovana,

Esse texto é como um acalanto, como para mim a chuva sempre foi: um carinho no coração. Compartilho com você esse olhar sobre a chuva. Lembro que, criança, em férias na casa de minha avó Chiquinha Batista, em Canafístula (pra nós era “Canafista” mesmo), observava maravilhada, do alto da calçada de pedra, o movimento das águas, durante e após as chuvaradas, fazendo desenhos abstratos na terra vermelha em frente ao curral das vacas. Enquanto isso, o cheiro dos velames misturava-se ao inenarrável cheiro da terra molhada, que, no fim, é o “cheiro de chuva” mesmo, entranhado na minha memória para sempre. Era um poema de Jorge Fernandes e eu não sabia ainda. Os banhos de chuva em Macau eram especiais, talvez pela escassez da água em passado tão recente (quantas vezes não tomamos banho com a água do poço da Marechal, carregada nas roladeiras? Os cabelos ficavam horríveis!). Me encanta tanto a chuva, que, para mim, dia bonito é dia de chuva. Não tem sol de verão que me deixe mais feliz do que o horizonte nublado, a chuva fininha e uma rede na varanda. Em noites de chuva forte, desligar ventilador e ar-condicionado só para poder ouvir o barulhinho da água caindo no teto é garantia de bons sonhos. Um dia desses – que já faz alguns anos - tive mais uma prova de que “filho de peixe...”: Estávamos em Fortaleza, numa semana santa, eu, Renan, Maíra e Sarah, e esta, acordando antes de todos, abre as cortinas e exclama “que dia lindo!” Fomos à janela e não deu outra: o sol estava de férias, coberto de nuvens. E uma chuva marota começava a cair.

Abraços. Sheila

quarta-feira, 23 de abril de 2008

POUCAS COISAS SÃO TÃO LINDAS

FLAMBOYANTS NO ALTO DO RODRIGUES
Foto: Getúlio Moura



MACAU SOB AS CHUVAS

Como boa interiorana que sou, tempo de chuva é tempo de ir olhar a chuva.
Infelizmente, este ano ainda tenho me limitado a fazer esta viagem pela internet. Mas, vou à Barragem Armando Ribeiro Gonçalves no próximo domingo, pois esse é um passeio que quem não fizer pode ser castigado. É a maior barragem do Estado e de lá está saindo uma grande quantidade de água, cujo destino é o mar e cujo percurso passa por inúmeras cidades no Vale do Assú, entre elas Macau.
Macau é onde nasci. Cidade rica e habitada por uma população, em sua grande maioria, pobre; e que fica na região norte do RN, no meio de salinas. Dizem (e eu acredito) que sua altitude é quase a mesma do nível do mar.
Nela passei minha infância e dela lembro, entre outras coisas, dos inúmeros banhos de chuva pelas ruas alagadas. Nela aprendi que não se toma banho na primeira chuva, que é preciso esperar a terra esfriar e deixar que as águas limpem as telhas. Mas, a partir da segunda chuva, pode sair correndo, pois não é permitido perder nenhuma oportunidade.
A maioria das casas tinha “biqueira”. Algumas baixas, onde sentávamos na calçada, e mesmo deitávamos, para que a água pudesse cair na cabeça; outras, altas e fortes, onde a concorrência era grande. Nestas últimas, formávamos fila para aproveitar o prazer daquele banho. As bicicletas tinham que ter as correntes previamente lubrificadas porque a aventura das chuvas exigia muita preparação até para elas. As águas das chuvas sempre ficaram empossadas nas ruas de Macau porque não tem como escoar. E, nelas mergulhávamos, brincávamos e corríamos felizes.
As ruas, as calçadas e as praças ficavam cheias de adultos e crianças. Era um ponto de encontro. Era um momento de êxtase e alegria.
O horizonte “lá de cima” era nosso guia. Sim, porque em Macau (e até hoje ainda é assim) bastava olhar pro céu “lá de cima” (a leste) para ver e calcular quanto tempo ainda duraria a chuva (muito ou pouco tempo). Se a “barra” (do horizonte) estivesse escura, a promessa de diversão não tinha tempo pra acabar. Se estivesse clareando, era hora de começar a retornar para as proximidades de casa. Não podíamos ficar muito tempo na rua depois da chuva acabar. Era perigoso... Era preciso tirar logo a roupa molhada.

Era olhando pro céu na “barra de cima”, que também era conhecida como “boca da gamboa”, que a gente podia observar se os trovões ainda estavam longe. Dependendo de sua distância, podíamos ou não permanecer na chuva. A nossa segurança era garantida apenas pelo som. Enquanto ouvíamos os trovões, podíamos ficar na chuva, mas quando os relâmpagos começavam a se mostrar no horizonte, na “boca da gamboa”, era hora de voltar. Corríamos para dentro de casa, pois com relâmpago era perigoso ficar na chuva.
Nos quintais, os cacimbões ficavam tão cheios que era possível tirar água com uma lata sem corda. As cisternas ficavam cheias de água pra beber e tínhamos certeza de que teríamos água o ano inteiro. Dentro de casa, o chão ficava molhado. Quem tinha piso de cerâmica na casa, que ficava escorregadio, era preciso enxugá-lo algumas vezes por dia. Quem tinha piso de madeira, via a superficialidade da água nas manchas sobre o chão.
Nesse cenário, convivíamos com o imaginário da cidade virar “cama de baleia” e com o pavor dos mais velhos. Mas, apesar disso, nas proximidades de onde morava, nunca ouvi e nem vi nenhuma casa sendo inundada. As águas não passavam da calçada...
Enfim, do meu mundo infantil, lembro que toda a cidade ficava disponível. Ir pelas ruas, a pé ou de bicicleta, sem destinos ou à procura daquela biqueira mais especial, é uma imagem que não se pode esquecer.
É devido a esse passado que continuo adorando a chuva e os trovões e olhando com admiração os relâmpagos. E sentindo, particularmente nos dias de chuva, um enorme desejo de voltar, de pegar o carro e aventurar chegar a Macau, para ficar na esquina da Casqueira ou na “área” da antiga casa de Vovó, olhando a chuva ou, mesmo, vestindo a roupa mais apropriada pra tomar banho de chuva.

Imagens impressionantes de Getúlio Moura (Ver em http://gmx.nafoto.net/index.html)







RECEBI A RESPOSTA ABAIXO DE UMA INTERIORANA DO SERTÃO DE ACARI:

Me identifiquei profundamente com o seu texto e me lembrei da minha infância em Acarí. O quadro era exatamente o mesmo. Nada mais gostoso do que uma grande biqueira gelando o nosso juízo!!!! Apenas uma diferença: Como estávamos em pleno sertão, a chegada da chuva virava festa como em Macau mas, o interessante é que as pessoas corriam gritando: Lá vem o rio com água, huhu! Era a cidade toda gritando com euforia o mesmo refrão. Uma delícia!
Um beijo

terça-feira, 15 de abril de 2008

ARCO IRIS NO CÉU


Em 09 de abril de 2008 amanheci taciturno. Não que eu seja pessoa extrovertida, de riso constante. Reconheço meu jeito austero tal cicatriz de opressão. Mas naquela data cedinho senti algo estranho. Passara a chuva e o arco-da-aliança violeta-anil-azul-verde-amarelo-laranja-vermelho era ponte para além horizonte. A magnitude solar distribuía suave claridade. Cenário inexplicável ao ser humano adepto da filosofia de resultado. Raiar aparentemente igual aos raiares dos trópicos. Dia nascido para calar no crepúsculo, orvalhar-se na noite serena e despertar tonificado na alvorada seguinte. Abro a porta e deparo-me com vegetação verdejante de fotossíntese. Flor branca sendo polinizada por avezinha bicuda de mancha violeta atrás dos olhos e plumagem à base de verde aceso, o colibri. Abelha polinizando a roseira vizinha. Algo chamando atenção, e eu absorvido na rotina.
Vago vento vazio. Receosa melancolia. Fosse eu objeto, preferiria ser turbina de alegria e discernimento. Uma notícia decifrou o enigma. Minha prima Íris Marques de Araújo, 51, havia expirado. Primor de mulher. Mãe acima de tudo. Enfermeira sacerdotisa. Foliã festeira, gene tio Zé Bezerra. Brava Íris, anos e anos cuidando de enfermos, enfim ela própria lutando para curar-se de câncer. Exemplo de dignidade acossada pela dor. Cabeça erguida até o último suspiro. Vai, amiga, livre do assédio das vilezas terrenas. Entrega a Deus nossa mensagem de fé. Do plano superior, manda com amor um pouco de ressurreição.
Vibrante vida dinâmica. Concluindo o 2º grau como líder secundarista, no final de 1981 decidi servir às forças armadas. “Eu sou da poderosa artilharia, que na luta se impõe pela metralha, a missão das outras armas auxilia, e prepara os campos de batalha”. Amo o hino artilheiro. Servi no 17º Grupo de Artilharia de Combate, na Bateria de Serviços. Antes, porém, esforcei-me para eleger meu sucessor na presidência da entidade estudantil do Atheneu Norte-Rio-Grandense. Foi eleito Gutenberg Oliveira, filho de Evaristo Lopes, ex-sindicalista e ex-vereador em Macau. Rumei à Organização Militar. Aos 19 anos, entrei refratário. Recebi barbeador, creme de barbear, escova, pasta dental, saboneteira, sabonete, desodorante, caneca, lençol, colcha, meia, tênis, calção, cinto, sabre, coturno, calça, gandola, casaco, capa, camiseta, capacete, gorro, bibico, traje de passeio, mochila, cantil, fal e munição. Ganhei alojamento, cama e armário individual. Inicialmente, no período interno, várias palestras específicas.
Nos testes de aptidão física, evitei ser o primeiro e o último. Fiquei ás em ordem unida. Inscrevi-me nos cursos de cabo e motorista. O capitão comandante exigiu-me escolher um dos dois. Optei por dirigir viatura. Aprendi manutenção de 1º escalão dos automóveis. Habilitado com carteira “C”, fui pra linha auto. Incumbi-me de guiar e zelar um caminhão reo, como se fosse meu. Atirei de fuzil automático leve e de pistola 9mm. O fuzil, desmontávamos e montávamos de olhos vendados. Lidei com obus, metralhadora point 50, lança-rojão, bazuca e granada. Em exercício de maneabilidade, pulei fardado no rio Potengi e lancei-me de cabo aéreo. Corri, rastejei, rolei, de arma em punho. Um praça-carnavalesco, pois, paralelamente, empreendi com colegas, em Macau, a Agremiação Carnavalesca “Os Bruxos”. Em 14 meses de caserna, conheci gente boa e fiz amigos. Ampliei a visão. Aprendi a não generalizar. Recruta braço forte, mão amiga, arraiguei em mim o sentimento da alma brasileira.
Simulamos confrontos, situações de guerra, sobrevivência na selva e enfrentamento de manifestações. Fiz guarda 24 horas em diversos pontos do quartel. Escala apertada, praticamente dia sim, dia não. Faxinei alojamento e banheiro coletivo. Cumpri tarefa de gari. Lavei milhares de bandejas no rancho. Aparei capinzal com estrovenga. Fui garçom em festa interna de oficiais. Tomei conhecimento sobre o marechal Emílio Luiz Mallet. Em sua honra, 10 de junho é o Dia da Artilharia. Sorvi mais sobre Luis Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias. Terminei estafeta na sargenteação, auxiliando o sargento iante. Trabalhei bastante, soldo pequeno, mas foi divertido. Progredi. Hoje, contente com a vitória do Fluminense, lembrando o dramaturgo Nelson Rodrigues, aplaudo o Exército ajudando as vítimas da enchente. Soldado 628, Renan, sentindo a aura de Íris. Depois contarei mais.
Renan Ribeiro de Araújo – Advogado

segunda-feira, 14 de abril de 2008

PARA LAURÊNIO

Caro primo Laurênio, obrigado pelas suas palavras quando da postagem das fotos do aniversário da minha mãe. Falei a ela sobre seu gesto e receba os agradecimentos e o carinho da nossa família. A foto "dedeta" é do ano de 1963, o bebê no colo da minha prima Odete, sou eu e a menina minha irmã Nádia. Odete falou que vocês estudaram juntos, na época ela morava na casa dos meus pais.
Um abraço fraterno.
Bira.

BAÚ DE BIRA (Cont.)

A alfabetização com nossa queridíssima D. Chaguinha e a outra com Jane Mevice (é assim que se escreve?)

(Gio): Deixei as duas fotos separadas para mostrar que, desde pequenino, Birinha tem uma tendência à oratória.

BAÚ DE BIRA


Logo quando as atividades do blog tiveram início, uma das formas de motivação da visita e da postagem eram os baús. Não tenho lá um grande acervo mas buscando contribuir com a minha amiga Dotôra e para não deixar a peteca cair segue algumas fotos.

Na foto "abc de Mércia"(1969) o galeguinho sentado é Lão Neto. Mércia uma amiga de infância que não vejo há anos é irmã de Gracinha Barbalho e filha de D. Neusa. As fotos coloridas são de 1982 foram tiradas no bar do galegão em alagamar: Bira, João Maria "doido de João de Aquino", nosso saudoso Luciano de Bia, João Gatão, Maraca, Laberinha e um tubaço de caranguejo, prá criar marra.

As nossas missionárias não visitam mais o blog? Olha elas aí. Quem conhece as meninas? Infelizmente não lembro mais.





AQUECENDO AS TURBINAS


Cara Giovana Paiva, gostei muito da citação do livro de D. Nivaldo e quando retornar para a capital de folga, vou procurar e comprar.

Vejo que agora estais com o espirito renovado para incrementar o blog, só queos priziacas sumiram????

Fiquei surpreso com o aparecimento do Sérgio Marianojá que fazia mais de 20 anos que eu não tinha noticias dele, está com a cara do arbitro de futebol Godoy, que agora é comentarista esportivo kkkkkkkkk.

Está se aproximando novamente o mês de Setembro e ninguém agita mais para o aquecimento do segundo encontro. Está faltando o carimbo no blog, como em muitos locais da terrinha tem: HEY ROCK... kkkkkkkkk

Luiz Antonio.

HOMENAGEM A BUACA


Quero avisar aos brecheiros que, continuo, também, brechando. Acho que só vamos escrever com mais freqüência, no segundo semestre quando estiver definida a data do próximo encontro.

Porém, hoje, escrevo algo seriíssimo...

AOS BLOGUEIROS DO ” MACAU 80 E DE TODAS AS GERAÇÕES”:

Uso mais uma vez este espaço e hoje com o objetivo de prestar uma homenagem a JOSÉ MOACIR RUBENS DE OLIVEIRA FILHO (Buaca, para os amigos)... neste momento, quem vos fala não é Chaguinha de Preta de Dagmar, irmã de Mazinho, de Antônia etc., quem vos fala é a cidadã Francisca das Chagas Sousa.

Acredito que todos já sabem o que aconteceu com o nosso querido Buaca, no dia 02 de abril de 2008, pois é consciente de que necessitamos dar um basta nesta violência urbana desenfreada, que posto esta mensagem AQUI.

Parafraseando Rubens Braga que diz que as coisas simples não dão IBOPE, não interessam às pessoas; se, o que acontece de singular na vida das pessoas fosse retratada pela mídia, talvez naquela quarta feira 02 de abril, algum jornal na sua coluna de variedades estivesse escrito assim: pela manhã, um homem sai de casa com dinheiro com a intenção de quitar um carro, chega em um banco, paga e volta para o seu lar com a consciência do dever cumprido; SE, tivesse sido este o DESFECHO daquela quarta feira, somente as pessoas estritamente do dia-a-dia de Buaca, teriam sabido...

No entanto, o que aconteceu foi que, naquele dia, na sua primeira investida em um banco, que não deu certo, guardou o seu dinheiro bem guardado entre o seu corpo e a calça que vestia, não pensando que seria assaltado, mas para não perdê-lo, suponho, pois R$10.000,00 não é coisa fácil de ganhar-se e de se ter todos os dias, sobretudo, um aposentado-micro-empresário. E o que aconteceu ao sentar-se no seu carro para cumprir o seu papel-de-cidadão-honesto-que-paga-as-suas-contas? É abordado por sujeitos que não têm o que fazer e que gostam de levar a vida fácil, sem grande esforço, que, não-contente somente com a coisa material, leva o presente mais precioso que Deus nos deu: a vida (daquele cidadão).

Pois bem, é um momento de reflexão e de muita relevância, muito maior do que a revolta pelo fato irreversível do que aconteceu ao nosso inesquecível Buaca; sobretudo, pela impotência e fragilidade com que nós seres humanos, brasileiros, macauenses, natalenses ou qualquer outra cidadania, nos encontramos. A vida está banalizada, a sociedade está desprotegida, ainda temos motivos de nos indignar, mas não culpemos tão-somente os governantes, mas a própria lei penal de nosso país que é de 1940, Decreto-Lei n° 2.848 de 07 de dezembro de 1940, onde no seu artigo 121 do Código Penal diz que, Matar alguém: Pena, reclusão de seis a 20 anos. Latrocínio Art. 155 do C.P.; Subtrair coisa móvel alheia, para siou para outrem, mediante grave ameaça ou violência à pessoa ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: Pena, reclusão de quatro a dez anos, e multa – § 2º A pena aumenta-se de um terço até a metade: I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma; III – se há concurso de duas ou mais pessoas; § 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos, além de multa; se resulta MORTE, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo de multa.

Quando o Juiz vai fazer o seu juízo de valor num processo de homicídio doloso contra a vida, ele observa os aspectos sociológicos, filosóficos, ambientais, o passado, a história familiar do indivíduo (ou indivíduos) que tirou a vida de alguém e busca diminuir a pena; depois de ouvido o Ministério Público e os jurados, se o réu é primário, se tinha boa conduta social, se era bom pai, bom filho, emprego fixo, endereço fixo etc; se era marginalizado pela sociedade, enfim, não leva em consideração que, aquele que está sendo julgado, está vivo pode ter privada a liberdade, temporariamente, mas tem vida, está vivo para se recuperar ou depois que sair da prisão cometer novos homicídios.

Em quase nove anos perdi dois amigos por motivos parecidos, mortos por marginais, o primeiro, a família deixou o caso nas mãos de Deus, haja vista que mora no Ceará e os assassinos e o pai são pessoas influentes às avessas (através da prática de crimes), em Mossoró; mas espero que este caso, não fique impune, que a família, os amigos cobrem das autoridades competentes uma solução, que bote atrás das grades, os culpados, pois se, um atirou, o outro deu cobertura para o crime, agindo como co-autor; não interessa se é a Polícia Civil ou Militar que tem que dar segurança e proteção aos cidadãos; pois é muito fácil ficar jogando como se fosse pingue-pongue as culpas, como li num determinado jornal da capital. Fico imaginando o terror que é para uma pessoa sentir uma arma apontada para a sua nuca e, depois, de uma coronhada, ser chutada, levar, um, dois,três tiros; que raiva danada foi a desse assassino!!! Fico pensando porque, essas pessoas que vivem de cometer crimes, não têm pena de ninguém, pois não se conformam apenas em levar as coisas materiais, mas maltratar, tripudiar, matar; por que tirar a vida das pessoas inocentes e que nada têm a ver com seus recalques, de suas faltas de oportunidades ou simplesmente por não quererem levar a vida dentro da decência e da bondade?

O crime está distante de ser elucidado, embora na quinta feira última, li em um jornal que já existem dois suspeitos; mas há um agravante: para que o delegado responsável pelas investigações veja a fita do banco, onde, com certeza está o algoz de Buaca, necessita de uma ordem judicial para entregá-la. O que será que tem de tão sigiloso numa fita de banco, que não pode ser emprestada de pronto para figurar como prova num inquérito que poderia ajudar na elucidação de um crime tão covarde? Vale salientar queo crime praticado nesse caso específico no direito é configurado latrocínio, mas no popular, hoje é, saidinho do banco... Será que o gerente não pensa nisso e que pode ser repetido contra outro inocente, talvez sendo praticado pelo mesmo elemento que hoje ele se omite demostrar? Será que isso ainda é no Brasil, em pleno século XXI?!

Para finalizar quero dizer que Buaca era um amigo alegre e amigo de todos. Pude compartilhar de muitos momentos alegres com ele, pois morou por um bom tempo na Rua Pereira Carneiro, em Macau, quase meu vizinho; bem como nos carnavais, principalmente o de 1978, com os “Cowboys”: Ivan Marques, Anete, Gustavo, Alice, João Penha, João Evangelista etc; a última vez em que estive com ele em lazer foi numa festa de Marrocos com Vavá, Manoel Maxixe, Ivanildo e outros, no clube dos Oficiais da Polícia.

À memória dele, que seja feita JUISTIÇA!!!

Á família, desejo paz!!!

Obrigada.

Francisca das Chagas Sousa

domingo, 13 de abril de 2008

FÉRIAS COLETIVA


Informamos aos 43 persistentes leitores deste Blog que seus escritores parecem que tiraram férias coletivas e não informaram à administração. Como agora disponho de algum tempo para aproveitar prazeres diletantes, vou utilizando este espaço para compartilhar coisas de leituras passadas e atuais, anotações e outras coisitas mais.

Atualmente estou lendo um livro escrito por Dom Nivaldo Monte que, além de religioso Arcebisbo, teve formação em psicologia, teologia e era um grande estudioso em diversas áreas do conhecimento. Ele, em 1946, escreveu um livro sobre a DOR, o qual foi reeditado por seus familiares em 2002.

No primeiro capítulo de A DOR, SENTINELA DA VIDA, ele afirma uma coisa belíssima que vale a pena parar para pensar. Ele diz:

"Dada a natureza humana, a dor é uma necessidade fisiológica. Compreendida a natureza da arte, a dor é imprescindível na estética. Vista a natureza da alma, a dor se revela a grande formadora do homem. Sem dor não haveria vida, pois a vida fisiológica é produto de combates e mortes. Já é um aforismo biológico afirmar-se que o último que reage é o último que morre. Sem dor não haveria beleza, pois que o belo da natureza é fruto do contraste irmanado à raridade. Se Santo Agostinho afirmava que as coisas comuns se tornam vis, foi Emerson quem nos disse que a natureza se mantém por antagonismos. O sol seria por demais insípido se o universo não fosse opaco. Sem dor não haveria caráter, pois este só se adquire na tenacidade e na luta".

Bonito, não?

O livro de Dom Nivaldo Monte discute a DOR na fisiologia, como uma defesa; na arte, como um elemento de grande poder estético; e na psicologia, como a grande formadora do homem. Interessantíssimo!!!

Abs, Giovana

sexta-feira, 11 de abril de 2008

O QUE A DISTÂNCIA PODE FAZER


Durante algum tempo, experimentei ficar vivendo em um lugar distante do meu, mesmo estando próximo. Senti que mudamos sem deixar de ser o que sempre fomos, eu e meu lugar. Aliás, o que eu era (e não sou mais) está cada vez mais forte dentro de mim, ocupando um lugar diferente mas, sempre lá, dentro de mim. Enquanto ele, continua o mesmo e nunca mais será igual.
Tenho a impressão de que estou refratária... Tudo são apenas impressões e nenhuma concretude ou certeza. Talvez minha sensibilidade e meu olhar tenham mudado. Parecem mais aguçados, mais atentos e, principalmente, mais disponíveis para sentir e olhar a tudo ao meu redor.

Por outro lado, eu olho o mesmo do passado e, no presente, não consigo mais vê-lo somente. Será que adquiri a capacidade de ver um pouco além ou mais ao meu redor? Não sei ... De qualquer maneira, o que importa aos outros saber de meus sentimentos e de sensações tão íntimas? Talvez nada. A mim, não importa saber que eles saibam.

Precaução!!! Ainda é tempo de manter a distância? Não por obrigação, mas talvez por necessidade. Sinto que estou mais vulnerável e a vulnerabilidade me é estranha. Estou vulnerável à minha sensibilidade e ao meu olhar mas, apesar disso e ainda bem que é assim, sinto um grande bem estar por estar vivendo. Estou em paz comigo, com meu passado e com meu presente. Estou em paz... com meu olhar.

Giovana
(o mote do texto foi escrito em agosto de 2006 e o mesmo continua incrivelmente atual, por isso reescrito e adaptado em abril de 2008)
Abaixo a transcrição de um trecho de um livro que todos deveriam ler, cuja referência é PIRANDELLO, Luigi. Um, nenhum e cem mil. São Paulo: Cosac & Naify, 2001.

No livro, o autor diz na página 93:
"Sempre nos parece que os outros estão enganados, que uma dada forma ou um dado ato não é exatamente isto ou não é assim. Mas, inevitavelmente, pouco depois, se nos deslocamos um pouco de nossa posição, nos damos conta de que nós também nos enganamos, de que não é isto e não é assim. De modo que, ao final, somos constrangidos a reconhecer que não será nunca nem isto nem assim, de nenhum modo estável ou seguro, mas ora de um modo, ora de outro, e todos a um certo ponto nos parecerão equivocados, ou todos corretos, o que dá no mesmo, porque uma realidade não foi feita e não é, devemos fazê-la nós mesmos, se quisermos ser; e jamais será una para todos, una para sempre, mas infinita e continuamente mutável. A capacidade de nos iludirmos de que a realidade de hoje é a única verdadeira, se de um lado nos ampara, de outro nos precipita num vazio sem fim, porque a realidade de hoje está fadada a se revelar a ilusão de amanhã. E a vida não se ajusta. Não se pode ajustar. Se amanhã se ajustar, estará acabada".

quinta-feira, 10 de abril de 2008

COMPONDO O SILÊNCIO

O APANHADOR DE DESPERDÍCIOS
Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água, pedra, sapo.
Entendo bem o sotaque das águas.
Dou respeito às coisas desimportantes e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim esse atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos,
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.
(Autor: Manoel de Barros)

quarta-feira, 9 de abril de 2008

SILÊNCIO

"Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo o dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno"
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(Autora: Cecília Meireles)
Hoje, 09/04/2008, faleceu Iris... que será eterna...

terça-feira, 8 de abril de 2008

CALAMIDADE EM MACAU

As chuvas estão causando muito estrago em Macau e de seus frutos, alguns estão se aproveitando.
Vejam em
http://alfredoneves.zip.net/

segunda-feira, 7 de abril de 2008

SÉRGIO PICOLÉ


Meu caro amigo Sérgio Mariano de Souza, onde andará você? Estudamos a 5ª e 6ª séries nos anos de 1974 e 75 e nasceu uma grande amizade. Não sei se lembras de uma vez que nos encontramos lá no Alecrim em 1980. Estava eu, você, Eduardo e Fred.
Lembro que fizemos umas músicas de Ednardo no violão e Eduardo de Pelinka fez uma almôndegas deliciosas. Lembro das "arruaças" dos tempos do bloco "Futuristas". Lembro que, no carnaval, levamos um tapete velho da casa de Kidinho para sacanear na apresentação e quase que Afonso Lemos manda nos prender.
Todas as vezes que vou a Natal, vou na casa do seu Tio Jussier, pai do meu Amigo Jair e Fontaine e pergunto por você. Também vi Alcides Jr. e Everaldo. Também nunca mais vi Kleber.
Eles me falaram que você ainda está em Mossoró.
Um grande abraço
Toinho.
Porto Alegre, RS

ESSE É O ZÉ!!!


Esse é o Zé que eu conheço muito bem. Poeta, Excelente pai, bom irmão e acima de tudo bom amigo. Pra mim, é um orgulho muito grande tê-lo como irmão. E um orgulho maior tê-lo na grande família poética de nossa Cidade Macau.




Versos molhados



Água lembrança,
Que a mão do passado apara e
Serve; água poética,
A velejar a vida
Além da morte.


Água corrente,
Que a lâmina do tempo
Aparta e fere; água nascente,
A fecundar a terra
Como a um ventre.


Água deságua,
Que o corpo abraça
Em contida efusão; água saudade,
A verter dos olhos
O derradeiro instante.


Água terna,
Que a emoção goteja
Em perfume e dor; água, enfim,
A diluir em mim
O silencio da fonte.


Saddock
Natal/junho de 2006.

A DECADÊNCIA DO IMPÉRIO


Amigos,

O artigo "A decadência do Império" já tem vida própria, vez que já é do domínio público, publicado no vespertino O Jornal de Hoje, no dia 5/6 de abril/2008.

Renan


O ser humano parece vezeiro no comodismo. Limitando-se ao estreito de um único pensamento, se impede de ver ângulos que a visão ampliada requer. Ao acaso, sem mais nem menos, dificilmente se conquista prosperidade. Aquilo que é dever de cada um, por cada um deve ser feito. As boas conquistas vêm de planos executados. Para ganhar na loteria esportiva, sem ser anão de orçamento ou estelionatário, por exemplo, que fazer? Respondo. Decidir jogar, escolher o caminho abençoado e habilitar o cupom da aposta ou palpite lotérico. Valorizar a informação, ter em conta o que aconteceu com as equipes ultimamente. Ouvir o eco da realidade, fazer juízo de probabilidades e não esquecer que o êxito pode estar camuflado no imprevisto da zebra. Quem busca decifrar enigma é porque tem fé. O leitor sabe, no jogo de azar que é a loteca, além do acerto na escolha e do respeito à lógica, tem-se ainda que contar com a sorte.
Em relação ao embate com outras forças, bonito é vencer disputa de igual para igual. Essa façanha, em escala de grandeza, vem logo abaixo da fenomênica vitória obtida quando em objetiva desvantagem. Fora do episódio bíblico de Davi contra Golias, é improvável um nanico vencer um gigante. Mas, caro leitor, observe, na contemporaneidade, temos visto milagres acontecerem. Veja o hediondo e odiento confronto bélico imposto pelos Estados Unidos da América ao Vietnã do Norte, de 1964 a 1975. Economia vietnamita destroçada, cidades arrasadas, aldeias incendiadas, campesinas estupradas, chacinas de centenas de crianças, adultos e idosos, de uma vez só. Horrível. Depois de morrerem mais de cinqüenta mil militares ianques e mais ou menos dois milhões de nativos o conflito findou com a expulsão do exército invasor. A derrota imperial vergonhosa e humilhante evidenciou o líder vietcong Ho Chi Minh. Ainda assim as autoridades do país do cantor e compositor Bob Dylan não assimilaram a lição.
Em levante anti-guerra, a juventude estadunidense protestou contra seus governantes brancos, limpos, sem barba e bem vestidos. As “crianças das flores” protagonizaram o Movimento Paz e Amor e a Contracultura. Surgiu então o andarilho hippie, sem pressa, sujo, cabelo longo, despenteado, barbado, vestindo brim, calçando sandália e fugindo do serviço militar. Praticando o comunitarismo, confeccionava e vendia pulseira, brinco, anel, colar e engenhosas maricas. A atitude excêntrica e libertina, regada a maconha, ácido e anfetamina, propunha amor livre, negação do casamento e culto ao rock. O Festival de Woodstock, na Nova York de 1969, foi retumbante demonstração da decepção dos jovens com os seus homens de negócios. Nas comunidades afro-descendentes surgiram os Panteras Negras, audaciosa organização de auto-defesa ante à brutalidade policial. Nos bancos universitários norte-americanos, a rebeldia juvenil fortaleceu-se nas teses do filósofo judeu alemão Herbert Marcuse, que disse não ser pessoa de deixar mensagens em garrafas..., desqualificou a manipulação, defendendo que a imaginação poderia chegar ao poder pela irrupção da revolução inesperada.
Idéias de prática imediata puseram os estudantes na vanguarda da transformação social. A rebelião estudantil irradiou-se pela França, Itália, Alemanha, México e Brasil, realçando feministas e ecologistas. Martin Luther king, negro estadunidense, pastor da Igreja Batista e ativista por direitos civis, Prêmio Nobel da Paz em 1964, foi assassinado quando disputava o cargo de Presidente da República, com um tiro na cabeça, em 04 de abril de 1968. Presidente dos Estados Unidos após John Kennedy ser assassinado, Lindon Johnson caiu em desgraça política, desistindo de disputar a reeleição. Caro amigo leitor, veja um Império em decadência e seu rastro de sangue.
Enquanto isso, em Macau, vovó Querubina Solino de Araújo, ex-primeira dama do município, não perdia a esperança no futuro. Tentando ganhar algum tostão no jogo do bicho, amainava o estresse causado pela ditadura brasileira. Quando via um abacaxi, jogava no sete, carneiro; se sonhava com um rebanho, o palpite era o um, o avestruz. Vez ganhava, vez perdia. Tranqüila e de bom humor, a simples Querubina lecionou o ganha quem sabe perder e o perde quem não sabe ganhar. Neste momento, estou aqui pensando na irreverência de Cazuza, que estaria completando 50 anos.

Renan Ribeiro de Araújo – Advogado

COISINHA DO PAI APARECEU!!!!!


Ola pessoal,

É muito legal rever essa turma, relembrar, afinal é nossa história.
Ôh coizinha tão bonitinha do pai!!!! Você vale ouro....
Beijos a todos e parabéns.
Afinal, existe vida inteligente na internet.

Sergio Mariano (SEMPRE PICOLÉ)


(Gio): Oi, Serginho. Que bom te encontrar neste Blog. Há quanto tempo, rapaz!!! E olha, só mesmo uma "coisinha do pai" como você pra me fazer sorrir hoje tão cedo. Hahahaha!!! Amei!!! Beijos.
Onde é que andas?

UTILIDADE PÚBLICA


Lembra que o blog também é utilidade pública, fineza divulgar aos nossos conterrâneos.

Repelente caseiro para usar contra o mosquito da dengue:

Pegue 500ml de álcool líquido mais 25 cravos da índia, modo de preparo; coloque os cravos no álcool deixe em fusão por 3 horas e depois passe pelo corpo isso espanta o mosquito da dengue não tem contra indicação, é mais barato que repelente vendidos nas farmacias.

IMAGINE A CENA... MUITO BOA


Imagine só o que é a velhice para uma cambada de homens.

E os Macauenses não estão fora disso não....kkkkkkkkkkkkkkk

*Fico imaginando a cena.....* *Dois coroas, depois de encherem a cara, decidem ir a uma casa de baixo meretrício. A Cafetina olha bem para os dois e chama a sua gerente:* * - vá aos dois primeiros quartos e coloque uma boneca de inflar em cada cama. Esses dois estão tão velhos e bêbados que não vão notar a diferença.* * Não vou gastar minhas meninas com esses dois. A gerente cumpre as ordens e os dois coroas vão para os seus respectivos quartos e 'fazem os seus deveres de casa'.* *Já no trajeto de volta para casa, um dos coroas diz: - acho que a mulher que estava comigo estava morta! - Morta? Diz o outro. Porque você acha isso? * * - É que ela não se moveu e não falou nada enquanto eu fazia amor com ela. - Podia ter sido pior, diz o outro. Eu acho que a minha era uma bruxa!* * - Uma bruxa!!! Por que cargas d'água você acha isso?* * - Bem, é que eu estava nas preliminares e dei uma mordida na bunda dela. Ela aí peidou na minha cara, saiu voando pela janela e ainda por cima levou a minha dentadura!!!*

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk! Boa semana!

BOA INTERPRETAÇÃO


Veja, vivendo e aprendendo né...

Ora tomem lá e aprendam com quem sabe...

Vestibular da Universidade da Bahia cobrou dos candidatos a interpretação do seguinte trecho de poema de Camões:

"Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói e não se sente,
é um contentamento descontente,
dor que desatina sem doer".


Uma vestibulanda de 16 anos deu a sua interpretação:

"Ah! Camões, se vivesses hoje em dia, tomavas uns antipiréticos, uns quantos analgésicos e Prozac para a depressão. Compravas um computador, consultavas a Internet e descobririas que essas dores que sentias, esses calores que te abrasavam, essas mudanças de humor repentinas, esses desatinos sem nexo, não eram feridas de amor, mas somente falta de sexo!"

OBS: Ganhou nota dez. Foi a primeira vez que, ao longo de mais de 500 anos, alguém desconfiou que o problema de Camões era falta de mulher.

RESPOSTA DE BIRA


EM RESPOSTA A ZÉ DE HIPÓLITO

Caro Zé, Dona Nair, com certeza tem informações sobre o paradeiro de Ivanildo, sei que ele tem duplo endereço (Macau/Natal), sei também que ele dá umas brexadas esporádicas por aqui. Vou providenciar o número do telefone dele e, a Dotôra põe nós em contato direto via email.
Saudações Macauenses


CARO COMPANHEIRO RENAN

Todos os dias agradeço a Deus pelo privilégio de ter os meus amados pais vivos e gozando de boa saúde, mas ainda assim compartilho com você esse sentimento em relação a todas essas mulheres longevas que incorporam o arquétipo de mãe de todos nós. Concordo que devemos reverenciar os nossos anciãos, como fazem os orientais, os tupinambás, os muçulmanos, os judeus, os hindus e outros povos que sabem preservar a sua cultura.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

DONA NAIR, PARABÉNS!


Ubiratan, amigo, sei de cor e salteado, és talentoso apaixonado por política e por Macau. Sei da inteligência e capacidade de convivio comunitário de Seu Joca Lemos. O que sabia pouco era sobre tua mãe, dona Nair. Soboreei letra por letra do texto que publicastes sobre as 80 primaveras dela. Fiquei felicíssimo, e contemplado. Depois que mamãe Quinquinha foi para o plano étéreo, fiquei carentíssimo e todas as verdadeiras mães com as quais me defronto, logo as elejo como também minhas mães. Não que consigam encampar o total do espaço ocupado por Francisca da Fonseca Ribeiro de Araújo dentro de mim, mas porque edificaram a si próprias, na ternura com os seus e com o mundo. Me permitam, e me perdoem se erro na dose de romantismo, vejo nelas um exemplo vivo daquela matéria de mãe que já não tenho mais. Finalmente Bira, vai aqui meus votos de feliz oitentinha para dona NAIR, uma baluarte do matriarcado de MACAU. Que Deus lhe dê força para continuar sua sina contrutora de amizade, solidariedade e fraternidade, principal bandeira de sempre. Aproveito a oportunidade para propor que o reencontro MACAU 2008 tenha homenagem e ouça a palavra dos oitentões macauenses.
Abraços
Renan

terça-feira, 1 de abril de 2008

PARA BIRA


Caro Bira, em sua última postagem você colocou a foto de um velho amigo... O Ivanildo!!
Um grande atleta do Futebol de Salão e, como poucos sabem, foi também um excelente jogador dos gramados.
Envio as fotos do craque na década de 60. Uma delas é no Estádio Valter Bichão, que na época ainda era campo de areia, com o time do América Futebol Clube de Pedro Farias. A outra com outro amigo, o Dodô. Gostaria muito de poder ter notícias dos grandes amigos, Ivanildo e Dodô. Saber onde residem, como estão.
Abraços a todos,
Zé de Hipólito
Segue escalação do time:* Em pé: Gaspar, Adão, Zé Viana, Cidinho, Toinho de Amâncio, Dozinho e Arigó. *Agachados: Didi, IVANILDO, Xuita, Neco, Zé de Aristóteles e Luíz.