domingo, 13 de abril de 2008

FÉRIAS COLETIVA


Informamos aos 43 persistentes leitores deste Blog que seus escritores parecem que tiraram férias coletivas e não informaram à administração. Como agora disponho de algum tempo para aproveitar prazeres diletantes, vou utilizando este espaço para compartilhar coisas de leituras passadas e atuais, anotações e outras coisitas mais.

Atualmente estou lendo um livro escrito por Dom Nivaldo Monte que, além de religioso Arcebisbo, teve formação em psicologia, teologia e era um grande estudioso em diversas áreas do conhecimento. Ele, em 1946, escreveu um livro sobre a DOR, o qual foi reeditado por seus familiares em 2002.

No primeiro capítulo de A DOR, SENTINELA DA VIDA, ele afirma uma coisa belíssima que vale a pena parar para pensar. Ele diz:

"Dada a natureza humana, a dor é uma necessidade fisiológica. Compreendida a natureza da arte, a dor é imprescindível na estética. Vista a natureza da alma, a dor se revela a grande formadora do homem. Sem dor não haveria vida, pois a vida fisiológica é produto de combates e mortes. Já é um aforismo biológico afirmar-se que o último que reage é o último que morre. Sem dor não haveria beleza, pois que o belo da natureza é fruto do contraste irmanado à raridade. Se Santo Agostinho afirmava que as coisas comuns se tornam vis, foi Emerson quem nos disse que a natureza se mantém por antagonismos. O sol seria por demais insípido se o universo não fosse opaco. Sem dor não haveria caráter, pois este só se adquire na tenacidade e na luta".

Bonito, não?

O livro de Dom Nivaldo Monte discute a DOR na fisiologia, como uma defesa; na arte, como um elemento de grande poder estético; e na psicologia, como a grande formadora do homem. Interessantíssimo!!!

Abs, Giovana