domingo, 8 de fevereiro de 2009

É SÓ CÔRO NAS CANELA


Ora mai será u Biniditu? Dispois desse tempo todin, todo mundo vem dizer as coisa. Si si alembrari de ternontonte, condo eu dixe:
- “Ói, cuidado cuns dotô. Eles vão istragá tudo. Tão muito pedante.

Salembra? Craro, côces salembru. O qui foi qui deu? Os dotô, se despedaçaru. O homi, chamô o outro pro lado dele. Ele todo brilhoso si dismoralizô. E deu no qui deu. O homi ganhou os votamento de novo. Agora, num adianta chorari no mingá derramadu. Só daqui a quatro ano. E olhe, olhe. Do jeito qui o homi é bom, pode isfregá a lâmpada do gêino e consigui ganhá de novo os votamento.
Ô pai dégua. Eu digo é valha, eu digo é vote.
Vige, vixe, ôxe, sei não, visse?
Por dágora indiante, nadica de nada pode coisá dereito. O homi, qui é bom que só, vai fazê tudo qui quiser. Foi os pisssuá qui quis assim. Ele deu fêra, dentadura, zóculo, carrada de área, tijolo, pedra, pau, telha, fio, cumê, dinheiro e mais dinheiro. Todo mundo votô nele. Tumém, síria uma mardade num vota num homi qui dá tanto as coisa assim, no tempo dos votamento.
Agora vai sê assim, vai miorá o hospitá, os posto de saúde, os remédio dos pobi, o leite, as iscola, as rua, vai fazer tudo tudo. Vocês já num ta veno, não? Tá, não, ta?
Já cumeçô. Os povo de Macau tá tudo sastifeito.
Nem se apreocupa cum nada. O homi tá trabaiando qui só. Tá tudo funcionando, tem dinhêro é muito. Já tá miorando o carnavá, viu não? Esse ano o carnavá vai ser mio, qui só. Tem tri, tem forró, tem frevo, tem cachaça nus meio das canela. Vai tê tudo, tudo.
Eu digo é vôte, eu digo é valha.
Agora, minha fia, num adianta chorar o liete derramadu, não. Agora, é só côro nas canela. E tome, rei, e tome, pêia, e tome, tome, tome.
Eu digo é vôte, eu digo é valha.
Êi, dotôra, tu vem no carnavá?
Mulé venha, pra nós saí de papangu.
Ra, Rai, eu digo é valha.


(Gio): Eu digo é valha!!! Eu quero lá intimidade com tú, Pastinha