domingo, 14 de setembro de 2008

AMAR É UM DESERTO EM SEUS TEMORES


A II festa do reencontro foi de novo, uma festa diferente. Um encontro. Um momento de prazer e alegria. Estamos todos extasiados. De novo as presenças marcantes daquelas pessoas que já tomaram pra si este evento de reencontro e nostalgia. [CORTE]
A coluna, imponente, centenária e fálica, estampada no negrume da camisa dominou o ambiente. Foi símbolo, foi brasão, foi história. Foi história do Conjunto Sempre Alerta, a lenda, que desfilou massas e massas de sonoridades contagiantes dos anos que todos relembram e que queriam voltar. Não estou me debruçando sobre uma melancolia jocosa, mas não poderia deixar de saudar Marrocos e Silvano, voz e violão de ouro. Ivan Amaral na sua voz firme em afinadíssima e eloqüencia e o pessoal da Roda de Samba de Netinho de Colô. As atrações culturais do evento estiveram à altura da promoção. A Praça da Conceição estava bela, reinante e sóbria a receber os seus filhos de todas as gerações na segunda festa do reencontro. Certamente esta programação, que já está no calendário cultural da cidade, será estendida por longos anos e palco de outras atividades e atrações em suas próximas edições.
Este ano tinha mais gente, vieram pessoas de lugares mais distantes, gente conhecida, gente desconhecida, turistas e visitantes. Foi à festa que fez a diferença nas programações alusivas ao aniversário de emancipação política de Macau. 133 anos. Muita história, muitas alegrias e muitas tristeza. Porém, uma certeza, a convicção de que todos nós somos responsáveis por uma parcela de contribuição para o desenvolvimento desta amada terra colhedora. Sabemos sim, que esta luta é uma gota d’água num imenso oceano, porém, temos certeza de que, sem esta pequena gota d’água este oceano ficará triste e inerte.
Tião Maia