Seu pai, no ano de 1964, foi um grande incentivador para que eu viesse à Natal, iniciar a minha carreira como atleta profissional de futebol. Recordo-me a grande força que ele me deu quando tive que deixar a nossa querida cidade de Macau; eu, ainda jovem com apenas 18 anos, vim para a capital para buscar uma ascensão, naquilo que era tão almejado por mim - o futebol dos grandes times. Lembro do seu tio, o Dilson, na época o melhor árbitro de futebol de Macau. Ele era uma figura!!! Como era considerado "o melhor", muitas vezes tínhamos que ir atrás dele em casa para poder apitar a partida. Certa vez, num clássico (FLAMENGO, de D. Pretinha x América, de Macau), tive que me deslocar do estádio para buscá-lo em sua residência, na Praça da Conceição, e assim dar início a peleja. Foi algo que não tem como esquecer!!! Todos aguardando à chegada do árbitro para o inicio do clássico, percebemos que ele nem havia dado sinal de que ali estaria para apitar o jogo. Como eu, dentre os jogadores, era o único que naquele momento estava motorizado, tive que ir às pressas montado em minha vespa para buscar o Dilson. Chegando a casa dele, ainda tive que convecê-lo de que teria que ir ao jogo, pois já estávamos à sua espera. Depois de algum tempo, ele resolveu ir. E a partida, infelizmente, não saiu do 0 x 0. Mas saímos com um show de arbitragem do grande Dilson!
Faço questão de presenteá-lo com uma foto do América, de Macau - Ano 1961, na qual seu pai está.
Formação:
Em pé:* Paulinho;* Cícero;* Cidinho;* Empenado;* Toinho, de Amancio;* Zé Lopes;* Adilson Lemos;* Benero;* Dode;* Nel e * Pedro Farias.
Agachados:* Tulão;* Toinho careca;* Didi;* Neco;* Vira mundo;* Cícero, de Eliza;* Bastos e * Chiquinho Arara.
As crianças:* Toinho e Pedrinho, filhos de Pedro Farias.
Espero poder ter proporcionado boas recordações do seu pai e tio.
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Atenciosamente, Zé de Hipólito.
