quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Para Sávio

1. Ei, esse corte de cabelo eu conheço bem. Era adotado por papai nos meninos lá em casa e acho que Seu Afonso Solino também levava você. Nem é de Seu Déo, nem tampouco de Seu Chico Escrivão, esse modelito era exclusivo de Seu Zé Vieira que atuava na Pedro II. O 'molde' era uma cuia. Deixava uma 'trunfa' e passava a zero no resto da pelagem. Eugênio ficava puto! (quaquaquaqua). Quanto às meninas, quem cuidava das nossas madeixas era Dona Joaninha Pão, que morava na Rua Amaro Cavalcanti, próximo a Farmácia de Limeira.

2. Quanto ao Professor Ferreira, já que Zé Antonio não quis contar, eu conto. Final dos anos oitenta, começo dos noventa, chegou na cidade uma espécie de 'curandeiro'. Abriu seu 'abaitolá' na Praça Dinarte Mariz e começou a 'clinicar'. Botou uma placa na fachada anunciando cura para todo tipo de enfermidades físicas, morais e espirituais. Cachimblemas, dor de cotovelo, desemprego, falta de sorte no amor, falta de dinheiro, enfim, tinha remédio prá tudo. Fez o maior sucesso. Se a memória não me falha, conseguiu um programa na rádio Salinas que era campeão de audiência. E a clientela aumentava a cada dia

......enquanto isso, os pacientes começaram a minguar no consultório do Dr. Zetonho, o clínico-geral, filho de Seu Afonso Delmiro. Acho que por puro despeito, numa sexta-feira, tomando uma cerveja prá lá de gelada numa barraca da praia de Camapum, tirando gosto com carapeba frita (ô vida difícil!), ele inventou de tirar uma música com o professor. E, movido a muita cerveja, saiu o clássico que fez sucesso (e ainda faz) em muitos carnavais. A letra, quem quiser que lembre...