sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

CARNAVAL EM MACAU


Voltei Macau
Vim rebocado pelo rabo de uma Cobra
Arrastando a barriga na lama assim vou passando
Hepatite e muriçoca é o que nos sobra
Cadê a Lua? Cadê as quatro bocas?
Coréia, Mata Sete e o bar de Abiatá?
A Cobra fica feito uma porra louca
Não sobrou nem Manoel Borges prá se embriagar
Mais um carnaval longe da minha terra querida. Nem Recife, nem Olinda amenizam o banzo que sinto no período momesco quando não estou no porto de Ama. Um ano desses; 2001, sei lá, fomos uma galera da Cobra passarmos o carnaval em Olinda: Giovana&Ricardo, Celso&Lourinha, Alexandre&Helena, Bira&Disa e mais uns amigos de Natal. Nem as maravilhas olindenses foram suficientes para aplacar nossa saudade. Buscávamos reeditar nas ladeiras centenárias nossa cultura salineira. Lembro que chegamos a ligar para Elisa pedindo que mandasse via portador os adereços do último carnaval da Cobra (dois capacetes de espuma esculpidos na forma de toitiços) infelizmente não deu tempo. Ainda assim formamos o nosso cordão macauense e a nossa sincera e legítima alegria carnavalesca contagiava os próprios pernambucanos, creio que graças a nossa expontaneidade.
É essa magia que nós tão bem conhecemos que faz a grandiosidade da festa, e sei que neste ano ela será redescorberta no Cordão da fantasia. Brinquem por mim, estarei em Itamaracá e Recife mas fazendo a contagem regressiva 365, 364, ... para em 2009 pisar prá valer na terra do sal.
Longe do sal, do céu, do cio e do sol
Da que me faz a cabeça
Eu fico down, de baixo astral Macau
Do Zé Pereira a Terça