domingo, 23 de setembro de 2007

Luiz Antonio: A árvore dos Amigos

Ainda gostaria de homenagear três amigos importantes que se foram, o Carlinhos novamente, o Paulinho irmão do comandante e meu compadre Geraldo Borja. Tomei essa decisão quando lí a mensagem de Jonas Lemos datada de 07/09/07.
Um grande abraço, Luiz Antonio.

A Árvore dos Amigos

Existem pessoas em nossas vidas que nos deixam felizes
pelo simples fato de terem cruzado o nosso caminho.

Algumas percorrem ao nosso lado,
vendo muitas luas passarem,
mas outras apenas vemos entre um passo e outro.
A todas elas chamamos de amigo.

Há muitos tipos de amigos.
Talvez cada folha de uma árvore caracterize um deles.
O primeiro que nasce do broto é o amigo pai e o amigo mãe.
Mostram o que é ter vida.

Depois vem o amigo irmão,
com quem dividimos o nosso espaço
para que ele floresça como nós.
Passamos a conhecer toda a família,
a qual respeitamos e desejamos o bem.

Mas o destino nos apresenta outros amigos,
os quais não sabíamos que iam cruzar o nosso caminho.
Muitos desses são designados amigos do peito, do coração.
São sinceros, são verdadeiros.
Sabem quando não estamos bem,
sabem o que nos faz feliz...

Às vezes, um desses amigos do peito estala o nosso coração
e então é chamado de amigo namorado.
Esse dá brilho aos nossos olhos,
música aos nossos lábios, pulos aos nossos pés.

Mas também há aqueles amigos por um tempo, talvez umas férias
ou mesmo um dia ou uma hora.
Esses costumam colocar muitos sorrisos na nossa face,
durante o tempo que estamos por perto.

Falando em perto, não podemos nos esquecer dos amigos distantes,
que ficam nas pontas dos galhos,
mas que quando o vento sopra,
aparecem novamente entre uma folha e outra.

O tempo passa, o verão se vai, o outono se aproxima,
e perdemos algumas de nossas folhas.
Algumas nascem num outro verão
e outras permanecem por muitas estações.
Mas o que nos deixa mais feliz
é que as que caíram continuam por perto,
continuam aumentando a nossa raiz com alegria.
Lembranças de momentos maravilhosos
enquanto cruzavam o nosso caminho.

Simplesmente porque:
Cada pessoa que passa em nossa vida é única.
Sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de nós.
Há os que levaram muito, mas não há os que não deixaram nada.

Esta é a maior responsabilidade de nossa vida
e a prova evidente de que duas almas
não se encontram por acaso.