terça-feira, 11 de setembro de 2007

O início da Festa do Encontro

Na sexta-feira ao entardecer, a praça já era uma festa. Pessoas chegando, se abraçando... Um rebuliço generalizado, em todos os cantos e dentro de cada pessoa. Nessa noite e também na manhã do sábado, aconteceram muitas festas privês: as Almas, o Equipicão, as Enxutas, o futebol, o churrasco no canteiro da Marechal e outros.
Mas, o sábado em Macau amanheceu ensolarado e encontrou todos mais ansiosos pelo acontecimento que se desenrolaria naquela noite. Ainda pela manhã, na Praça, a todo instante chegavam grupos para se inteirar das novidades. As Enxutas, inclusive, foram cedo e riscaram um dos bancos, marcando o lugar para a noite. Em volta do Bar de Djane o clima era muito animador.
As 15 horas, a festa começou a começar... Fechamos a parte central da Praça com fitas, interrompendo a passagem de pessoas. Além do palco e da coluna, nada mais existia no centro da Praça.
Ao redor, as pessoas foram chegando e se aglomerando em mesas, ficando de pé e se preparando. Quase todos ficavam sem entender a razão daquele impedimento, mas respeitavam, ficando onde estavam. Os grupos chegavam animados e íam se colocando geograficamente distribuídos ao redor do grande quadrado central.
Poucas pessoas, no entanto, conseguiram ser pontuais e às 16 horas, como estava marcado, não pudemos começar o que havíamos programado. Continuamos esperando o momento certo...
Às 17 horas, chegou pontualmente A Furiosa (como havíamos combinado) que, rapidamente, postou 40 cadeiras na frente do palco e começou um espetáculo. Gente!!! Nós tivemos direito a uma retreta como antigamente!!! Valsas, dobrados, MPB, marchas.... Uma coisa maravilhosa, como há muito tempo eu não via. O Mestre Castro caprichou... Palmas, muitas palmas!!!
Por voltas das 17:30, a Cigarra do Sal, pegou o microfone e anunciou que a Festa iria começar, fez seu maravilhoso discurso e pediu para que as pessoas imaginassem que estavam entrando no mundo da fantasia.
Fogos! Fogos! Fogos! Depois o silêncio... E começamos a ouvir a música introdutória do Grande Circo Místico, de Edu Lobo e Chico Buarque. Um coral de vozes mágicas, que foram trazendo todas as energias positivas para aquele lugar (inclusive os anjinhos que Dorotéa chamava), para logo em seguida a mesma música transformar-se em uma música de circo, envolvente, animada e emocionante.
Pára a música do Circo antes do seu final ... e Dorotéa convida a todos para ficarem de pé e cantarem o Hino da Cidade de Macau.
A nossa Filarmônica entoou a introdução: "Pan-pan... pan... paan... Macau, terra acolhedora. Ao embalo da brisa do mar....". Quando a banda estava concluindo os acordes, mais fogos e agora com luzes, cores e apitos.
Perfeito!!! Maravilhoso!!! Emocionante!!!
Dorotéa concluiu a parte inicial chamando os nomes dos homenageados e, num rompante, a nossa comandante iluminada, convidou ao Padre Penha a entrar no centro da praça e pediu ao Mestre Castro que tocasse o Hino de Nossa Senhora dos Navegantes.
Outra grande emoção!!! No auge de sua idade, o Padre Penha foi caminhando com passo curtos e inseguros, sozinho naquele vazio em direção ao centro e da banda de música.
Tudo certinho!!! Bonito... Muito bonito... Era o início de um grande Encontro de pessoas que viveram a cidade de Macau durante algum tempo de suas vidas. Nada melhor de que tenha sido introduzido pela beleza e pela emoção.
Por fim, o Cerimonial conclamou a todos os presentes a cortarem as fitas e adentrarem no espaço da praça, onde seria iniciada a festa.