sábado, 19 de janeiro de 2008

ENTRADAS E BANDEIRAS

As fotos anexas foram feitas em Macau, no carnaval de 2006. A primeira, em Diogo Lopes, numa singela pracinha próxima à casa de Antunino, na manhã do domingo ensolarado de carnaval. Nesse dia, passei a manhã inteira, entrando pela tarde, com Sheila, Maíra, Sarah, meu irmão Rosenberg, sua esposa Márcia e outros amigos na residência do casal Dedé Ribeiro/Lúcia, ele irmão de Itá, meus primos. Ficamos mais precisamente no paradisíaco quintal de sua casa, à sombra dos coqueiros, com muita cerveja gelada e ovas de peixe (lá dizem que é caviar) fritas na hora pela anfitriã. Diogo Lopes, você sabe, quase metade daquela aldeia é da minha família (mas não diga a ninguém não...). Lá eu me sinto em casa.


A segunda foto foi feita na praça da Conceição, no mesmo dia, no Vai Pipocar o Frevo, e estou acompanhado de dona Terezinha (costureira de primeira, responsável pela confecção de inúmeras fantasias dos Bruxos, inclusive era madrinha do bloco), mãe de Wanderlúcia, que era uma bruxinha. Dona Terezinha continua foliã de linha de frente. Em 2006, desfilei no corredor da folia, na escola de samba Azes do Rítmo, quando dei fé, uma grata surpresa, estava lá dona Terezinha, também desfilando pela escola, aí foi aquele abraço de reencontro e felicidade.


Para KINKAS: Você já viu um maestro de bateria mais talentoso do que Chico Antônio? Muito da bateria dos Sombras tentei reeditar nos Bruxos, mas nunca consegui chegar nem perto, no entanto, a idéia da bateria própria somava e fazia uma diferença na avenida, nas coreografias e apresentações do bloco. Carnaval de verdade é diferente, vai muito além, mas muito além mesmo de um "carnatal" empobrecido.

Para SILVINHA: Valeu sua entrada no blog, você já sabe, aqui em casa você tem um monte de fãs. Seu texto é uma poesia, afinal você é uma poeta de mão cheia.

Para SÁVIO: Se existe um feito correto foi ter dado oportunidade a Denise e Cristiane de atuarem no histórico Circo Solino, só assim se imortalizaram na lúdica história de um maravilhoso circo macauense...

Giovana, parabéns mais uma vez pelo blog. Suas (as suas!) antenas ligadas proporcionam um excepcional espaço de interação e harmonia entre os ativos da península salineira norteriograndense.

E viva o Cordão da Fantasia!! Leão Neto está empolgado. Aliás, encontrei macauenses na rua que me falaram sobre o blog e o Cordão da Fantasia, internautas que você nem imagina...O Cordao da Fantasia não é coisa minha, é coisa de carnavalesco macauense.

Boa noite.

Renan

PS: Escrevi o artigo "O aprendiz de carnaval". Logo em seguida á sua publicação em O Jornal de Hoje, enviarei ao blog.
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(Gio): Pô. Eu também acho que Silvinha podia escrever mais pra o Blog... Também sou fâ dela. Assim como Regina, João Vicente, Totiá e tantos outros brecheiros.
Outra coisa, é muita babação você dizer que aquelas duas "mamulengas" abrilhantaram o circo com sua dança!!!! Hahaha!!! Queria ter visto elas de "MAILHÔ" (como diria Walka Maia). Savinho, você poderia descrevê-las nessa indumentária?
SUGESTÃO: Podiamos, neste momento carnavalesco, tentar lembrar alguns fatos engraçados ou não dos nossos carnavais.
LEMBRANÇA DA COBRA
Eu lembrei nesse instante de um "assalto" que A Cobra fez numa casa no Porto do Roçado (não lembro onde era, mas lembro do lamento da dona da casa quando viu a cena). Quando chegamos, descemos da carroça e fomos para o quintal em passeata "Olha a Cobra, Francisca. Olha a Cobra. Tem o rabo fino e a cabeça chata e grossa...".
Entramos, sentamos, tomamos aquele caldo quente de mocotó ... Quando Nilma Evangelista (minha prima) foi ao banheiro e encontrou um daqueles tanques de cimento, que se construia para guardar água - que era guardada para banho (não era usada para descarga de jeito nenhum porque era limpa).
Enfim, este era particularmente pequeno, mas ela cismou que ía entrar naquele quadradinho pra mergulhar. A gente tentou demovê-la dessa idéia, mas não teve jeito. Ela conseguiu entrar de roupa e tudo, suada e suja, e ficou encolhida e de molho no tanque "bem cheinho" durante todo o assalto. As pessoas que queriam fazer suas necessidades no banheiro, tinham que fazer com ela assistindo porque não teve um cristão que a convencesse de sair.
Vez por outra, gritava pra que enchessem o copo dela ...
Outro detalhe, o calor estava de rachar, o caldo de mocotó fazendo efeito e, além disso, saíamos com o sol à pino, ao meio-dia... As pessoas do bloco também queriam tomar banho e ela não queria que o tanque secasse... João e Celso, na qualidade de irmãos mais velhos, iam lá, brigavam, gritavam e a puxavam. A confusão era grande... Tentavam tirá-la, mas ela se segurava com todas as suas forças nas paredes do tanque... Depois de algum tempo, ela avisou aos que insistiam (só com o pescoço de fora): "Acabei de mijar. Pronto! Agora a água não presta mais pra banho". Hahaha!!!