sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

MEU AMIGO RENAN


Meu amigo, compadre e companheiro de lutas revolucionárias e culturais, Renan Ribeiro, foi resgatado do inferno por obra e graça do Divino Espírito Santo. Graças a Deus. Renan é um dos caras que adoro conversar e ler o que ele escreve. Escreve bem. Tem um alto poder de síntese, brinca com as palavras, conhece o vernáculo e emociona quem ler. Os leitores da imprensa potiguar devem se orgulhar dos seus escritos, devem, inclusive, fazer como eu, sem pretensão, levar textos deste camarada para a sala de aula e ali explorar todos os ângulos da literatura. Todos estão contidos ali. Lembranças, narrativas e linha poética fazem parte de um universo inconteste da sua capacidade. Para alguns, que não têm asas referenciais de ter convivido historicamente com Renan, talvez seja até difícil decifrar alguns elementos da sua narrativa. Mas te confesso amigo, a passagem da sua peregrinação pelos campos agrários do vale de Pendências foi nostálgica. Lembro-me você chegando e contando a história que, por sinal, não foi dessa vez que conseguistes a carrocinha e o trator do Bloco carnavalesco Bruxos, tivestes que retornar à região outras vezes até trazer as referidas carritelas e o trator para serem adornados ricamente com belas alegorias dos Bruxos. Belos tempos. Belos dias. Fico feliz de saber que sempre que abro este blog vou correr o risco de me deparar com um desses textos teus. Coisa de quem não perde a esperança. Coisa de quem resiste. Coisa de quem sabe o que quer, apesar dos pesares... ... (muitas reticências porque cabem muitos “apesares”) ... ..., que surge no emergir da vida a vontade de viver. Viver de bem e para o bem, sob as graças de Deus e para a luta revolucionária do povo. Pois, como diz o poeta russo Vladimir Maiakovski: “Nesta vida morrer não é difícil. O difícil é a vida e seu ofício”.

Tião Maia