domingo, 25 de novembro de 2007

Emerson filho de Seu Santos - Saudades sem nunca ter vivido por lá

Opa Giovana, boa tarde,
Trabalho bonito voces estao fazendo com esse blog.
Agradeço os momentos felizes que me proporcionou.
Segue uma historinha que me veio a mente.

Emerson filho de Seu Santos - Saudades sem nunca ter vivido por lá.

Pessoal, lendo o que meus irmãos (Maurus e Saulo) escreveram e de forma tão clara e real, ponho os meus pés nas ruas e praça dessa pequena e encantadora cidade.

Sou filho desta terra, com orgulho e saudade, deixei para trás essa cidade nos braços da minha mãe ainda quando tinha menos de dois anos de idade, vim para Recife, mas posso confessar que apesar de estar tão longe, sinto, mesmo pelos ouvidos, o aroma desta terra e vivo ainda andando entre ruas, casas, falando com pessoas e beirando as margens da maré que banha este tão querido e inesquecível lugar. Cresci ouvindo meus irmãos contando suas historias de infância, Maurus falando do seu time Flamengo, verdadeira seleção da rua onde morávamos, onde ele era o goleiro e meu outro irmão Sávio o mascote do time. Dos demais craques, ele fala sempre de Paulo, Benício, Vargas, Barros e Benito. Sei que era um timaço, nunca perdia, e se primeiro tempo era cruel, no decorrer do segundo tempo o time sempre alavancava uma deslumbrante e arrasadora vitória, deixando seus adversários tristes e desconsolados, pois as conquistas vinham sempre nos minutos finais da partida.
Eita história bonita!!!
Ele me contava essas histórias com tanta ênfase e emoção que sem nem conhecer fiquei fã deste timaço. Ele contava também das boas amizades e das brincadeiras com tantos detalhes que, na minha lembrança, parece que brinquei também com eles por aquelas ruas e praças. Conheço cada um dos seus amigos como se tivesse convivido com cada um deles. O outro meu irmão Saulo, me falava sobre as aventuras do seu tempo de escoteiro, das viagens de caminhão mixto, dos cantos do jamboree, das caminhadas e acampamentos orientadas sob o comando do Pe. Penha, rigoroso na disciplina e pacífico em suas mensagens e orientações cristã. Lembro das suas travessuras de rapaz, quando no dia de finados, numa distração, típica de jovens, colocou para tocar e dançar músicas de Rock n' Roll na radio/divulgadora local, sediada no Centro Social Pio XI, onde ele era o responsável juntamente com o outro amigo, José Ribamar, pela programação das músicas e mensagens. Flagrado pelo padre Penha dançando na sala com mais dois amigos tocando uma guitarra virtual. Isso lhe custou uma severa punição e um nó no seu lenço de escoteiro dado pelo próprio padre Penha que quase virou uma gravata borboleta. Ele passou uma semana morto de vergonha. Os detalhes dessa hilariante história ele mesmo deve contar depois.(obs: um nó no lenço, no escotismo, significa uma indisciplina grave cometida pelo escoteiro).

Mas quero agora quero me apresentar, como falei, sou Emerson Santos filho do Seu Santos e Alcélia. Morávamos naquela vila em frente a maré, sou ponta de rama de uma família de oito irmãos: Saulo, Tarso, Maurus, Marcus, Marcelus, Roseane, Sávio e eu, onde cada um até Roseane me conta coisa de suas infâncias vivida nessa cidade maravilhosa e me faz sentir cada dia mais macauense oriundo do lugar. E para que vocês percebam como Macau esta sempre comigo e a minha volta, certo dia no escritório do grupo Bompreco onde trabalho já a 13 anos, uma amiga que trabalhava na mesma área de nome Zélia Moura mostrou-me uma foto comentando assim o registro, - Emerson, este foi o melhor carnaval que já brinquei na minha vida! Adivinhe onde eu estava que lugar é este? E eu olhei a foto e rapidamente disse, claro que é Macau!

Ela espantada com a resposta imediata e precisa, perguntou,
- Alguém comentou com você? E eu disse claro que não. E ela mais espantada perguntou, como você sabe? Eu peguei a foto de suas mãos apontei para a mesma e perguntei, o que tem escrito nesta placa por trás de você? Ela respondeu, "Santos Fotografia", então lhe disse: você tirou esta foto na rua Pereira Carneiro em frente ao foto do meu pai, é simples...

Então pergunto a todos, como posso não ter vivido minha infância em Macau? Tomado banho em Alagamar? Subido nos moinhos de vento? Respirado o ar desta terra?Tomado um banho em sua maré? Abraçado o seu povo?


Recife pode até ter me criado, mas deita em um coração um carinho e um amor imenso por tudo e qualquer coisa que se refira a MACAU.

Um beijo a todos.

(Gio): Você e Maurus estão devendo a foto.
Abraços em Seu Santos e em toda a família. É muito bom tê-los como nossos parceiros.