segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Maurus e seus irmãos em Macau (60 a 70)

Trecho da história de Maurus e seus irmãos em Macau (60 a 70).

Pensei se valeria a pena postar, visto meu período ser diferente do blog (70 e 80), mas aí pensei, ser interessante visto se referir a época dos pais dessa turma nova. Então é o seguinte:

Eu sou do Jurassic Park, do tempo dos padres Zé Luiz e Penha nas missas do domingo, de vanguarda!
É bom quando lembro da minha casa na Vila Getulio Vargas, minhas caminhadas com meus irmãos até a loja de meu pai, o Seu Santos. Na caminhada, vejamos do que lembro: Na saída da vila, a casa de Seu Modesto, de seu neto Jorge, colega meu do ginásio e seu caroneiro na bicicleta. Mais na frente a casa de Dona Deja e esposo, dos filhos Kinkas, Chico, Sadock e das bonitas irmãs, Miriam e Sila. Passava pelo casarão do prefeito Sr Albino; pela casa de dona Efigênia, mãe dos amigos José Antonio, Welington, Ailton, e outros irmãos pequenos. Passava pela praça N. S. da Conceição. Aí tinha a casa paroquial (oitão da Igreja), a casa de monsenhor Honório, ainda vivo (pedia-lhe a benção), casa da secretária (do ginásio) Salete, aquela moça alta e bonita, (que viria a ser esposa do Lucas, colega de meu irmão mais velho Saulo, ambos escoteiros). Na casa lembro dos jogos de sinuca, que só via! Depois, na esquina, a loja do Sr Benedito (naquela época só tinha olhos para os brinquedos); passava na loja de Afonso Barros, com tecidos e confecções, normalmente estavam os filhos Benício, Vargas, Barros, Benito, Izabel e a menorzinha. Conversávamos um pouco, pois éramos contemporâneos de escola, ai seguíamos em frente. Na esquina o mercado de peixe, o pessoal sentado na calçada a tardinha, outros comprando peixes, no padrão (palha de peixe e o molhinho de coentro com cebolinha, para o pirão branquinho). Era o mesmo pirão que o pessoal dos barcos fazia quando trazia água de Barreiros. Eita que delícia! Tô sentindo até o cheiro!!!. Mais adiante, a barbearia, onde cortávamos o cabelo estilo Jack Dempsey (Jack Demis). Do lado a farmácia de... Hum!!!...Deixa lembrar... Acho que de Getúlio. E Logo em frente a casa de Júlia, a manicure. Entrava em sua casa e apreciava a agilidade de sua mãe fazendo renda com aquele almofadão e pinos de madeira.

Depois íamos para a loja. Passávamos a manhã ou tarde e no final, fazíamos o caminho de volta, pois às 18 horas, os motores da Usina eram acionados para a geração de energia elétrica para a cidade. Estes permaneciam ligados até 24:00h, quando eram desligados após o aviso, piscando a luz 3 vezes. O aviso nos fazia correr para casa, quando nos pegava, invariavelmente, batendo aquele papo nas conversas de esquinas.
Em casa acendíamos os candeeiros, mais um pouco de conversa entre papai, mamãe, Dona Izabel, que morava conosco e seis irmãos (depois foi que veio os menores macauenses Sávio e Emerson).
Quando Zé Ribamar, o Olé, estava por lá, ainda existia um jogo de baralho com os adultos, mesmo a luz de candeeiro, Eita tempo bom!!!
Maurus


(Gio): Oi, Maurus. Adorei sua mensagem. A gente vai caminhando junto até a loja de seu pai.
Ei! Manda uma foto! Outra observação, eu sempre faço uns "ajustizinhos" para que a leitura fique mais fácil, mas em geral não mudo nada. As vezes também censuro, veja o de Laurêncio abaixo, mas também não altero o sentido.